Pesquisar este blog


segunda-feira, 3 de maio de 2010

COMPETIÇÃO

Ao tentar contextualizar a questão proposta, sabe-se que a competição começa, segundo bibliografias, desde os primórdios da raça humana e segue de uma maneira muito mais acentuada cotidianamente. Teorias como a neo-darwinista, que evidencia a chamada seleção natural e a corrida pela reprodução fetal, já colocam a competição como algo automático desde o nascimento de um individuo. Alem disso, posso destacar a competição nas busca por alimentos e por parceiros sexuais, onde os mais aptos são melhor recompensados.
A busca pela hegemonia e riqueza também gerou e ainda gera muita competitividade. Exemplos como guerras e brigas ideológicas, onde destaco o monoteísmo de Platão na Grécia antiga que dar ênfase na existência de seres superiores e que obtém as riquezas, acentuando ainda mais o jogo pelo poder.
As guerras foram os principais exemplos de crueldade que o homem é capaz de fazer para conquistar a hegemonia tanto cultural quanto material. Um ponto culminante para compreendermos a atual sociedade é a guerra Fria e a briga -não armada, no entanto generalizada- entre os Estados Unidos de ideologia capitalista e a União Soviética de ideologia socialista, onde essa competição era resolvida fora dos campos de batalha e tinha no esporte um grande ponto de embate entre as duas forças.
A vitória dos Estados Unidos culminou a expansão do sistema capitalista, onde vivemos em um mundo movido pelo capital que relembra a teoria piramidal neo-darwinista, onde poucos tinham a supremacia e o capital e muitos tinham baixas condições econômicas e autonômicas. Com o passar do tempo a competitividade aumenta em inúmeros locais da sociedade, onde os “mais aptos” tem mais acesso à seus objetivos e os “menos aptos” precisam ser subordinador à exploração para conseguir o mínino de condições possíveis para sua sobrevivência.
A competição se generaliza e juntamente com a globalização coloca no esporte um grande lócus na busca pela superioridade ideológica, onde através da mídia -forte instrumento de comunicação e marketing- é transmitida para o mundo todo. Assim, simultaneamente à sociedade capitalista, a competitividade no esporte também aumenta automaticamente, seja para ser presidente de um clube, seja para ser técnico, seja para se tornar “um fenômeno”.
No entanto, contrariando o paradigma reducionista e excludente, o esporte pode ser usado como instrumento de emancipação, usando de uma concepção critico-reflexiva para as pessoas se sentirem como sujeitos ativos sobre esta lógica, aonde o esporte chega com função desalienante. Mas podemos ir mais alem, usando da dialética Marxista para não apenas refletir sobre o processo e sim repensar e transformar a sociedade, abolindo o capitalismo que aliena os oprimidos, e contribuindo para um mundo melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário