Baseado em ideias marxianas é iniciaremos este pequeno trecho de análise voltado às categorias TRABALHO e CONDIÇÕES DE VIDA.
O trabalho é considerado por Marx como uma atividade ontológica criadora do ser social, e que a cada periodo histórico ganha caracteristicas distintas relacionadas a seu papel na sociedade.
Para nos auxiliar um pouco no debate nos ultilizaremos de Huberman (1981) ao tratar do trabalho em alguns periodos fundamentais parao entendimento da sociedade no qual vivemos hoje, que é a Europa ocidental, partindo do principios da idade média (século XI) aos dias atuais.
Colocaremos em exposição a seguir um sumário histórico exposto por Huberman (1981, p.109)que mostra algumas fases perpassadas pelo trabalho e sua função em cada contexto:
1. Sistema familiar: os membros de uma família produzem artigos para seu consumo, e não para a venda. O trabalho não se fazia com o objetivo de atender ao mercado. Princípio da Idade Média.
2. Sistema de Corporações: produção realizada por mestres artesãos independentes, com dois ou três empregados, para o mercado, pequeno e estável. Os trabalhadores eram donos tanto da matéria-prima que utilizavam como das ferramentas com que trabalhavam. Não vendiam o trabalho, mas o produto do trabalho. Durante toda a Idade Média.
3. Sistema doméstico: produção realizada cm casa para um mercado em crescimento, pelo mestre artesão com ajudantes, tal como no sistema de corporações. Com uma diferença importante: os mestres já não eram independentes; tinham ainda a propriedade dos instrumentos de trabalho, mas dependiam, para a matéria-prima, de um empreendedor que surgira entre eles e o consumidor. Passaram a ser simplesmente tarefeiros assalariados. Do século XVI ao XVIII.
4. Sistema fabril: produção para um mercado cada vez maior e oscilante, realizada fora de casa, nos edifícios do empregador e sob rigorosa supervisão. Os trabalhadores perderam completamente sua independência. Não possuem a matéria-prima, como ocorria no sistema de corporações, nem os instrumentos, tal como no sistema doméstico. A habilidade deixou de ser tão importante como antes, devido ao maior uso da máquina. O capital tornou-se mais necessário do que nunca. Do século XIX até hoje. (Huberman 1981, p.109)
Nesse percurso histórico é avidente a compreenção de que a categoria condições de vida está diretamente relacionada com o trabalho compreendidos em uma concepção materialista historica e dialética, onde está em constantes tranaformações frente a uma realiade que é objetiva e portanto é concreta.
Nessas relações sociais construidas historicamente é importante destacar a existencia de classes ou grupos sociais que dominavam uma realidade e outras que era negadas e exploradas. A exemplo disso temos na idade média a existencia de tres classes: camponeses (classe negada e esplorada), clero e nobresa. Ja no momento atual (sociedade do capital) temos em vigencia o estabelecimento de duas classes antagônicas, onde uma domina (minoria burguesa) em detrimento de outra, dominada (maioria proletária).
Fazendo esse rodeio histórico chegamos a uma conclusão que não vai ser debatia a fundo, mas que, é explita e precisa ser compreendida.
O Status social determina as condições de vida que um indivíduo e comprova-se com a mostra dos diferentes contesto sociais e o estilo de vida dos indivíduos.
O modelo de reprodução social atual, constituido definitivamente a partir de tres revoluções em paises europeus diferentes (revolução francesa; revolução industrial e revolução tardia) apresenta um discursso de negação da classe proletária, que foi constituido historicamente, que exclui, eliena, e os explora a fim de generalçizar cada vez mais a sua lógica. A condições de vida, portanto, não são determinadas apenas pelo Status e sim pelo individualismo financeiro das grandes industrias e/ou empresas, que moldam o que é uma condição de vida na qual deve ser seguida.
domingo, 21 de novembro de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
breve análize do termo qualidade de vida
ANTONIO GUILHERME ARAUJO BARROSO

O termo qualidade de vida, para ser entendido de forma com que não deixe lacunas é preciso fazer um estudo mais aprofundado em cima de um individuo particular frente a uma sociedade complexa, pois assim o pesquisador poderá compreender a completude deste termo. Alguns autores citados defendem a ideologia de uma qualidade de vida mais biologicista, ou seja, mais preocupada com razões físicas -rendimento- de um individuo, se importando com a condição orgânica deste, e também de uma QV mais preocupada com a pratica de hábitos saudáveis e conseqüentemente a ausência de doenças. Outro conceito importante de ser presenciado nesta síntese é o dado por AMORIN apud SANTIN (2002) em que, qualidade de vida era retratada no iluminismo como “o estado de posse em plena luz da razão”, concepção esta que se esclarece com a reflexão filosófica e religiosa da época em que se dava maior importância à razão (século XVIII – considerado o “século das luzes”.).
O nível de complexidade dos conceitos vai aumentando a medida que os autores começam a se preocupar com determinados fatores que compõem a vida de uma pessoa e suas inter-relações (fatores funcionais, físicos, psicológicos, sociais.). Algumas definições abordam essas facetas, mas descrevem de forma bem discreta, ao ponto de não deixar claro a sua abordagem, que é o caso do seguinte:
A qualidade vida reflete um conjunto de conhecimentos, experiências , percepções e valores. Ela inclui ao mesmo tempo o estado funcional(hábitos de vida saudáveis, mobilidade, condição física), os componentes corporais e físicos( nível de doença e tratamento de sintomas, por exemplo), os componentes psíquicos( capacidade de adaptação, emoções, satisfação em relação a vida ou auto estima), os componentes sociais( o local das relações, a integração comunitária) e, em fim os valores existenciais e espirituais tais como o amor o respeito e a liberdade. (MANIDI, M.J; MICHEL, J.P, 2001, p.18).
A medida que a complexidade das definições aumenta, podemos perceber o quão é abrangente tal termo. Colocações como condições materiais, vida amorosa, lazer,nível profissional, conforto, e principalmente saúde se tornaram imprescindíveis em conceitos mais elaborados, pelo fato de trazerem melhores condições de vida para um individuo. A relação de qualidade de vida e meio ambiente também se torna muito importante, pois este influencia diretamente no estado físico e psicológico da pessoa. Então, refletindo sobre isso, percebo que uma coisa leva a outra, por exemplo: um bom emprego traz dinheiro, que compra transporte, planos de saúde, bens materiais em geral. Com isso, chego ao ponto que com tal reflexão percebo que a busca por qualidade de vida esta diretamente ligada a heranças capitalistas.
O conceito da OMS (Organização mundial de saúde) aborda um importante componente de uma sociedade, que é a cultura e a percepção do individuo frente a fatores de uma sociedade. Contudo, a Organização Mundial de Saúde não coloca um conceito que adote os aspectos da vida de uma pessoa, e portanto, de certa forma, sua definição se torna bastante reducionista relacionado à totalidade e à complexidade.
Diante de todo o aparato, percebo q os conceitos de QV, ao longo da historia, vem se desenvolvendo e ganhando mais concretude. E importante ressaltar que não devemos descartar conceitos, e sim reformulá-los para melhores, pois só assim conseguiremos compreender a medida do possível o termo QV.
CONCEITO "POUCO" MAIS COMPLEXO
PEREIRA, I.M.T.B.et al. Promoção da saúde e Educação em saúde: Uma parceria saudável. In: revista o mundo da saúde. SP. ANO 24. VOLUME 24. n° 01, 2000.
“Qualidade vida deve ser entendido em três eixos principais: O primeiro eixo, diz respeito à satisfação e o acesso a bens básicos como: Educação, transporte, emprego, alimentação, saneamento ambiental adequado, serviço de saúde, etc. E à qualidade de acessos a esses bens, como sistema de educação e saúde eficiente e que atinjam seus objetivos; sistema de transporte coletivo satisfatório; alimentação e salários condizentes com as necessidades do individuo e de sua família. O segundo eixo, diz respeito ao acesso aos bens fundamentais para complementação da vida dos indivíduos como: Cultura; lazer; relações afetivas e sexuais plenas; relações familiares fundamentais; relação com a natureza; relações plenas com o trabalho. E, por último, o terceiro eixo, denominados de bens ético-políticos, por compreender o acesso às informações que dizem respeito à vida do cidadão colocado de forma clara e objetiva, a participação política e o envolvimento nas causas coletivas, participação na gestão local da vida e da cidadania”.

A analize crítica e elaborada do termo qualidade de vida e seus conceitos relacionando com a realidade concreta e com a ordem social vigente (capitalista) no proporciona uma descoberta simplista, no entanto se suma importancia para a compreenção dos dados da realidade. O termo QV é usado como um instrumento ou uma estratégia para a classe burguesa abter seu principal atributo (mais-valia), percebendo a complexidade e o consideravel numero de jusrisdições e/ou produtos que proporcionam prazer a um indivíduo para que possam usufruir das vendas dos tais. Assim, é percebido que quanto maior o conceito de qualidade de vida, maior é o numero de produtos que uma pessoal deverá comprar para obte-la, portanto, percebendo todo processo que a atual classe social dominate impregna, qualidade de vida é considerado um termo burguês.

O termo qualidade de vida, para ser entendido de forma com que não deixe lacunas é preciso fazer um estudo mais aprofundado em cima de um individuo particular frente a uma sociedade complexa, pois assim o pesquisador poderá compreender a completude deste termo. Alguns autores citados defendem a ideologia de uma qualidade de vida mais biologicista, ou seja, mais preocupada com razões físicas -rendimento- de um individuo, se importando com a condição orgânica deste, e também de uma QV mais preocupada com a pratica de hábitos saudáveis e conseqüentemente a ausência de doenças. Outro conceito importante de ser presenciado nesta síntese é o dado por AMORIN apud SANTIN (2002) em que, qualidade de vida era retratada no iluminismo como “o estado de posse em plena luz da razão”, concepção esta que se esclarece com a reflexão filosófica e religiosa da época em que se dava maior importância à razão (século XVIII – considerado o “século das luzes”.).
O nível de complexidade dos conceitos vai aumentando a medida que os autores começam a se preocupar com determinados fatores que compõem a vida de uma pessoa e suas inter-relações (fatores funcionais, físicos, psicológicos, sociais.). Algumas definições abordam essas facetas, mas descrevem de forma bem discreta, ao ponto de não deixar claro a sua abordagem, que é o caso do seguinte:
A qualidade vida reflete um conjunto de conhecimentos, experiências , percepções e valores. Ela inclui ao mesmo tempo o estado funcional(hábitos de vida saudáveis, mobilidade, condição física), os componentes corporais e físicos( nível de doença e tratamento de sintomas, por exemplo), os componentes psíquicos( capacidade de adaptação, emoções, satisfação em relação a vida ou auto estima), os componentes sociais( o local das relações, a integração comunitária) e, em fim os valores existenciais e espirituais tais como o amor o respeito e a liberdade. (MANIDI, M.J; MICHEL, J.P, 2001, p.18).
A medida que a complexidade das definições aumenta, podemos perceber o quão é abrangente tal termo. Colocações como condições materiais, vida amorosa, lazer,nível profissional, conforto, e principalmente saúde se tornaram imprescindíveis em conceitos mais elaborados, pelo fato de trazerem melhores condições de vida para um individuo. A relação de qualidade de vida e meio ambiente também se torna muito importante, pois este influencia diretamente no estado físico e psicológico da pessoa. Então, refletindo sobre isso, percebo que uma coisa leva a outra, por exemplo: um bom emprego traz dinheiro, que compra transporte, planos de saúde, bens materiais em geral. Com isso, chego ao ponto que com tal reflexão percebo que a busca por qualidade de vida esta diretamente ligada a heranças capitalistas.
O conceito da OMS (Organização mundial de saúde) aborda um importante componente de uma sociedade, que é a cultura e a percepção do individuo frente a fatores de uma sociedade. Contudo, a Organização Mundial de Saúde não coloca um conceito que adote os aspectos da vida de uma pessoa, e portanto, de certa forma, sua definição se torna bastante reducionista relacionado à totalidade e à complexidade.
Diante de todo o aparato, percebo q os conceitos de QV, ao longo da historia, vem se desenvolvendo e ganhando mais concretude. E importante ressaltar que não devemos descartar conceitos, e sim reformulá-los para melhores, pois só assim conseguiremos compreender a medida do possível o termo QV.
CONCEITO "POUCO" MAIS COMPLEXO
PEREIRA, I.M.T.B.et al. Promoção da saúde e Educação em saúde: Uma parceria saudável. In: revista o mundo da saúde. SP. ANO 24. VOLUME 24. n° 01, 2000.
“Qualidade vida deve ser entendido em três eixos principais: O primeiro eixo, diz respeito à satisfação e o acesso a bens básicos como: Educação, transporte, emprego, alimentação, saneamento ambiental adequado, serviço de saúde, etc. E à qualidade de acessos a esses bens, como sistema de educação e saúde eficiente e que atinjam seus objetivos; sistema de transporte coletivo satisfatório; alimentação e salários condizentes com as necessidades do individuo e de sua família. O segundo eixo, diz respeito ao acesso aos bens fundamentais para complementação da vida dos indivíduos como: Cultura; lazer; relações afetivas e sexuais plenas; relações familiares fundamentais; relação com a natureza; relações plenas com o trabalho. E, por último, o terceiro eixo, denominados de bens ético-políticos, por compreender o acesso às informações que dizem respeito à vida do cidadão colocado de forma clara e objetiva, a participação política e o envolvimento nas causas coletivas, participação na gestão local da vida e da cidadania”.

A analize crítica e elaborada do termo qualidade de vida e seus conceitos relacionando com a realidade concreta e com a ordem social vigente (capitalista) no proporciona uma descoberta simplista, no entanto se suma importancia para a compreenção dos dados da realidade. O termo QV é usado como um instrumento ou uma estratégia para a classe burguesa abter seu principal atributo (mais-valia), percebendo a complexidade e o consideravel numero de jusrisdições e/ou produtos que proporcionam prazer a um indivíduo para que possam usufruir das vendas dos tais. Assim, é percebido que quanto maior o conceito de qualidade de vida, maior é o numero de produtos que uma pessoal deverá comprar para obte-la, portanto, percebendo todo processo que a atual classe social dominate impregna, qualidade de vida é considerado um termo burguês.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
“A produção do conhecimento na Educação Física brasileira e a necessidade de diálogos com os movimentos da cultura popular.”

Síntese do artigo:
Dr. José Luiz Siqueira Falcão)
O texto escrito por Falcão vai dar ênfase a observação de produções cientificas brasileiras na área de Educação Física, onde se encontra em minoria, mas em números crescentes, trabalhos que visem a cultura corporal. Ate então, no Brasil, percebe-se, segundo o texto, que ainda a maioria dos universitários e profissionais de Educação Física ainda se embasam em parâmetros estatísticos, pressupostos positivistas e conseqüentemente, como principal método, o que engloba aptidão física. Sendo que cabe a nova geração de divulgar esses projetos científicos, embasado nas ciências humanas para mudar esse patamar desfavorável a uma sociedade.
Primeiramente, Falcão, em seu artigo, dar espaço à historia, descrevendo a ascensão da Educação Física com base em pressupostos filosóficos no Brasil, desde a primeira obra, de Medina (1983), “ A Educação Física cuida do corpo e mente”, até o período atual, com o crescimento dos cursos de graduação e pós-graduação nessa área, mas o artigo mostra que os discentes ainda estão alienados a um paradigma reducionista.
Falcão coloca dois tipos de métodos usados pelos discentes para um produção cientifica na área de Educação Física: o método embasado nas ciências naturais, esse considerado imutável; e o que dar ênfase ao estudo em cima das ciências sociais, onde se caracteriza por teorias provisórias e limitadas, onde, a todo momento pode ser transformada, ou seja, nunca é definitiva, pois sempre haverá uma contradição, é assim que a sociedade se desenvolve, mas isso não significa, segundo o texto, que devemos negar, desconhecer, ou ignorar as idéias de outros autores, e sim reformulá-las em uma versão mais completa e complexa.
Se tratando de produções cientificas no Brasil, como o artigo descreve, até 1987 a abordagem das produções era baseada nos princípios da quantificação e matematização dos fenômenos (estatísticas), sempre alicerçada à pressupostos positivistas, predominando o paradigma empírico-analitico. Essas tais produções cientificas ainda eram entrelaçadas à aptidão física e à perspectiva de um homem fragmentado entre corpo e mente, podendo ser trabalhada apenas embasado em suas características morfofuncionais (biologicista) e biomecânicas. Mas, sobretudo, haviam, ainda que em numero absurdamente menor, produções que priorizassem a reflexão critica, teórico filosófica e epistemológica, como as de Faria Junior (1980, 1983, 1987) e Gaya (1987).
No inicio da década de 1990, as produções cientificas de análise critica, começaram a crescer, com congressos organizados pela comunidade acadêmica que abordem essa tal reflexão critica como o COMBRACE(Congresso brasileiro de ciências do esporte) (1991), publicação de livros que não objetivassem a lógica do treinamento física e artigos acadêmicos.
O autor dar uma explicação lógica para esse fenômeno. E diz que com o fim da ditadura e conseqüentemente da censura, as obras que eram proibidas de divulgação por conterem conteúdo de caráter critico e revolucionário nas áreas da política, educação, etc., foram liberadas e assim acadêmicos começaram a se deparar com tais obras, desenvolvendo seu pensamento filosófico em cada área de estudo. Ele também destaca o numero de profissionais de Educação Física crescente na procura por planos de pós-graduação como Castellani Filho, Soares, Taffarel, que buscavam em seus estudos implicações epistemológicas e determinantes históricos, econômicos e sociais. Com isso, trabalhos que abordavam caráter critico-dialético vinham em constante crescente.
O artigo também enfatiza a importância do estudo analítico reflexivo, em uma perspectiva político - cientifica, que tematizasem a situação criteriosa das classes populares, uma vez que a Educação Física estar associada diretamente ao movimento cultural das classes populares. Portanto, fica sendo de extrema importância não apenas refletir sobre um movimento cultural sem associá-lo ao lado político, social e relações inter-pessoais das classes populares, que são os considerados menos favorecidos.
Falcão coloca que, em cima de estudos devemos buscar a construção de uma “Educação Física jogante”, onde o professor Felipe Serpa propõe a superação de vários paradigmas. Primeiramente e fragmentação corpo e mente -herança de Descartes-; o paradigma reducionista da aptidão física desligada da cultura humana (cultura corporal); libertação de parâmetros cartesianos, que não se importa apenas nos movimentos corporais, mas sim com todo o processo e inter-relações que rodeiam o homem. Para o professor o homem é fruto da cultura humana e estar em freqüente processo de aprendizado, e com isso não há possibilidade de o homem ser um ser fragmentado no que diz respeito a “corpo e mente” e sim um ser cultural que engloba aspectos concretos de uma realidade social. Para superar esses paradigmas, Serpa pensa em uma tal inovação social, ampliando o nível de conhecimento educacional, dando autonomia ao aluno em debater sobre o assunto proposto ou ate mesmo sobre a realidade, dirimindo o paradigma de que o aluno é submetido à conceitos e normas do docente, pois com criatividade, pode-se criar inúmeras possibilidades de produção de conhecimento levando em consideração os vários lócus de conhecimentos de uma sociedade.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
processo de avaliação escolar (medir, examinar e avaliar)
O QUE PRETENDO
O presente texto assume o compromisso de esclarecer os termos “medir, examinar e avaliar”, tendo em proeminência que tais termos possuem relação direta no que se refere ao processo de ensino aprendizagem, dando ênfase em uma explicação de caráter critico, do ponto de vista emancipatório, direcionado ao professor. Concomitantemente será feita a diferenciação e a relação – ou a não relação – entre estas temáticas, direcionadas ao processo ensino aprendizagem. E em um ultimo momento será feita uma análise crítica e sugerida uma opinião de como deve consistir o processo de avaliação escolar.
UM BREVE ESCLARECIMENTO
Usados cotidianamente, os termos aqui ratificados comumente podem ser expressados mas traduzem significados diferentes por mais que sejam parecidos. No processo ensino aprendizagem estes são manifestados como algo mais relevante por terem importâncias distintas.
O termo medir segundo o Dicionário da língua portuguesa da academia brasileira de letras 1988, significa: “(...) avaliar, calcular, considerar, ponderar, passar por cima de, (...)”. Esta definição procria uma problemática bastante vista no âmbito escolar antigo e atual, quando menciona o termo medir como sinônimo de avaliar. Pode ser considerado uma forma de quantificar algo para que consequentemente este seja classificado em uma categoria o termo medir, que dentro da escola é usado pelo professor para, alem de dar notas e organizar em aprovados ou reprovados, como um instrumento de poder por parte do corpo docente.
A classificação do aluno por nota torna-se prejudicial, pois não tem um olhar específico para o crescimento deste dentro do contexto escolar, deixa à parte a sua progressão e seu desempenho continuado. Só é dado importância à pontuação final que vai decidir se um aluno fica reprovado ou segue à diante. Isso pode acarretar problemas de estímulos no discente, podendo chegar ao ponto de tal pessoa parar de estudar.
Tais características fazem com que o método operacional de medir é um tanto excludente, e não provoca a evolução do aluno de acordo com o objetivo do professor, falando em palavras curtas: ”quem aprendeu, aprendeu. Quem não aprendeu, ou reprova ou passa sem aprender”. Isso reflete na qualidade da atual educação brasileira onde é colocada a lógica do sistema social vigente, o capitalismo, de que só os “mais aptos” poderão ter um bom emprego e um futuro estável, e os “menos aptos” não terão uma boa qualidade de vida.
Já o termo examinar segundo o Dicionário da língua portuguesa da academia brasileira de letras (1988), significa: “(...) considerar, observar, investigar, analisar,(...), interrogar, (...) observar com atenção.” . Levando ao pé da letra, o termo examinar vem de exame, ou seja, uma prova e caráter quantitativo, é algo que já está pré-determinado, já tem data e hora para ser feita. A educação brasileira se apropriou desse método, e utiliza atualmente em âmbito escolar, sendo que :
Nas antigas Grécia e Roma, confiava-se plenamente na
relação entre mestre e discípulo; na Idade Média, havia uma organização social em torno de profissões – que eram passadas de pais para filhos. Mais tarde, o procedimento de examinar foi trazido da China para a Europa por viajantes, mas foi só com a Revolução Industrial que os exames nacionais foram criados no ocidente, motivados, em primeiro lugar, pela necessidade de se encontrar mão-de-obra especializada
(CHARDENET, 2000, p. 47)
Dentro desta forma He a imposição da avaliação somativa, que como o “medir”, se preoculpa com a soma das notas no fim do ciclo anual letivo, que pode acarretar tanto a aprovação quanto à reprovação, tudo para atender a lógica do mercado
Já o avaliar é considerado um termo bem mais amplo e mais correto que os outros dois métodos anteriores, tendo em vista que este dispões de uma metodologia mais avançada e menos excludente, onde os objetivos do professor são voltados especificamente para o aluno que é considerado o sujeito deste processo de ensino aprendizagem.
Segundo FIDALGO (2006) a educação bancaria, que predominou durante muito tempo no meio escolar, pode ser superada a partir de varias formas, sendo uma delas a auto avaliação, no entanto, os alunos não sabem se auto avaliar justamente pelo fato de já terem uma cultura onde apenas os superiores podem avaliar – ou medir –. Então a autora coloca uma proposta de avaliação que venha suprir as necessidades do discente frente à autonomia, que se denomina avaliação qualitativo-formativa que se alimenta de pressupostos da dialógica, embasada em conteúdos sócio-culturais e que tem na linguagem um sistema de signos (VYGOTSKY) que media tal pratica e desenvolve as capacidades psicológicas do aluno.
Para ANTUNES (2008), a avaliação deve ser continuada, ou seja, o processo se alonga à todo o período de aula, realizando trabalhos individuais e em grupos que possam desenvolver um conhecimento no aluno de acordo com a sua estrutura cognitiva, que brando o paradigma da medição através de exames e provas.
DISCUSÃO
Diante de tais elucidações, percebo que o processo de avaliação do ensino aprendizagem, atualmente, continua com moldes tradicionalista, por tratar o aluno como um banco de depósito, descriminando a sua capacidade de desenvolvimento no âmbito escolar e medindo o seu desempenho através de exames, que na minha opinião e de acordo com referencias e explicações, não provam nada neste procedimento. Uma avaliação quantitativa, transporta implicitamente um reducionismo de informações acerca do aluno, alem de apenas estar interessado no resultado final do aluno que se restringe à aprovação e reprovação. O que se observa é que tal artifício obedece às normas da ordem social e economica vigente – o capitalismo – onde quanto menos critico for um “cidadão” melhor será para a continuação de tal paradigma.
A atual prática da avaliação da aprendizagem escolar estipulou como função do ato de avaliar a classificação e não diagnóstico, como deveria ser constitutivamente. (LUCKESI , 2002, p.34)
“auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino- aprendizagem, e responder à sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado.” Luckesi (2002, p.174)
Assim sendo, sugiro que o processo de avaliação escolar deveria ter como principal objetivo diagnosticar o que o aluno não aprendeu durante o período estipulado. Com isso, o corpo docente poderia se apropriar de métodos para que tal discente possa aprender o que não foi assimilado. Deve ser feita uma avaliação continuada , que observa o desenvolvimento do aluno no decorrer do ano para ser visto o verdadeiro avanço do aluno, e assim quebrar o paradigma atual.
REFERÊNCIAS:
ANTUNES, C. Avaliação da aprendizagem escolar. Fascículo 11/ Celso Antunes. 7.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São
Paulo:Cortez, 2002.
CHARDENET, P. A Avaliação: Formação social, cognitiva e discursiva.
Desafio para a educação. In: PAIVA, M. da G. G.; BRUGALLI, M. (Orgs.).
Avaliação, novas tendências, novos paradigmas. Trad. Elsa Maria Nitsche-
Ortiz. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000.
INTERNET:
FIDALGO, S.S. “A avaliação na escola: um histórico de exclusão social-escolar ou uma proposta sociocultural para a inclusão?”. Rev. Brasileira de Lingüística Aplicada, v. 6, n. 2, 2006. Disponivel em: http://www.letras.ufmg.br/rbla/2006_2/01-Sueli%20Salles%20Fidalgo.pdf, acesso em: 29/03/2010, às: 15:40
MACHADO,P.S.N.; BOZZO,F.E.F. “Avaliação da aprendizagem escolar”. 2007. Disponivel em: http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/ PO26174395855.pdf. acesso em: 29/03/2010, às : 17:37.
O presente texto assume o compromisso de esclarecer os termos “medir, examinar e avaliar”, tendo em proeminência que tais termos possuem relação direta no que se refere ao processo de ensino aprendizagem, dando ênfase em uma explicação de caráter critico, do ponto de vista emancipatório, direcionado ao professor. Concomitantemente será feita a diferenciação e a relação – ou a não relação – entre estas temáticas, direcionadas ao processo ensino aprendizagem. E em um ultimo momento será feita uma análise crítica e sugerida uma opinião de como deve consistir o processo de avaliação escolar.
UM BREVE ESCLARECIMENTO
Usados cotidianamente, os termos aqui ratificados comumente podem ser expressados mas traduzem significados diferentes por mais que sejam parecidos. No processo ensino aprendizagem estes são manifestados como algo mais relevante por terem importâncias distintas.
O termo medir segundo o Dicionário da língua portuguesa da academia brasileira de letras 1988, significa: “(...) avaliar, calcular, considerar, ponderar, passar por cima de, (...)”. Esta definição procria uma problemática bastante vista no âmbito escolar antigo e atual, quando menciona o termo medir como sinônimo de avaliar. Pode ser considerado uma forma de quantificar algo para que consequentemente este seja classificado em uma categoria o termo medir, que dentro da escola é usado pelo professor para, alem de dar notas e organizar em aprovados ou reprovados, como um instrumento de poder por parte do corpo docente.
A classificação do aluno por nota torna-se prejudicial, pois não tem um olhar específico para o crescimento deste dentro do contexto escolar, deixa à parte a sua progressão e seu desempenho continuado. Só é dado importância à pontuação final que vai decidir se um aluno fica reprovado ou segue à diante. Isso pode acarretar problemas de estímulos no discente, podendo chegar ao ponto de tal pessoa parar de estudar.
Tais características fazem com que o método operacional de medir é um tanto excludente, e não provoca a evolução do aluno de acordo com o objetivo do professor, falando em palavras curtas: ”quem aprendeu, aprendeu. Quem não aprendeu, ou reprova ou passa sem aprender”. Isso reflete na qualidade da atual educação brasileira onde é colocada a lógica do sistema social vigente, o capitalismo, de que só os “mais aptos” poderão ter um bom emprego e um futuro estável, e os “menos aptos” não terão uma boa qualidade de vida.
Já o termo examinar segundo o Dicionário da língua portuguesa da academia brasileira de letras (1988), significa: “(...) considerar, observar, investigar, analisar,(...), interrogar, (...) observar com atenção.” . Levando ao pé da letra, o termo examinar vem de exame, ou seja, uma prova e caráter quantitativo, é algo que já está pré-determinado, já tem data e hora para ser feita. A educação brasileira se apropriou desse método, e utiliza atualmente em âmbito escolar, sendo que :
Nas antigas Grécia e Roma, confiava-se plenamente na
relação entre mestre e discípulo; na Idade Média, havia uma organização social em torno de profissões – que eram passadas de pais para filhos. Mais tarde, o procedimento de examinar foi trazido da China para a Europa por viajantes, mas foi só com a Revolução Industrial que os exames nacionais foram criados no ocidente, motivados, em primeiro lugar, pela necessidade de se encontrar mão-de-obra especializada
(CHARDENET, 2000, p. 47)
Dentro desta forma He a imposição da avaliação somativa, que como o “medir”, se preoculpa com a soma das notas no fim do ciclo anual letivo, que pode acarretar tanto a aprovação quanto à reprovação, tudo para atender a lógica do mercado
Já o avaliar é considerado um termo bem mais amplo e mais correto que os outros dois métodos anteriores, tendo em vista que este dispões de uma metodologia mais avançada e menos excludente, onde os objetivos do professor são voltados especificamente para o aluno que é considerado o sujeito deste processo de ensino aprendizagem.
Segundo FIDALGO (2006) a educação bancaria, que predominou durante muito tempo no meio escolar, pode ser superada a partir de varias formas, sendo uma delas a auto avaliação, no entanto, os alunos não sabem se auto avaliar justamente pelo fato de já terem uma cultura onde apenas os superiores podem avaliar – ou medir –. Então a autora coloca uma proposta de avaliação que venha suprir as necessidades do discente frente à autonomia, que se denomina avaliação qualitativo-formativa que se alimenta de pressupostos da dialógica, embasada em conteúdos sócio-culturais e que tem na linguagem um sistema de signos (VYGOTSKY) que media tal pratica e desenvolve as capacidades psicológicas do aluno.
Para ANTUNES (2008), a avaliação deve ser continuada, ou seja, o processo se alonga à todo o período de aula, realizando trabalhos individuais e em grupos que possam desenvolver um conhecimento no aluno de acordo com a sua estrutura cognitiva, que brando o paradigma da medição através de exames e provas.
DISCUSÃO
Diante de tais elucidações, percebo que o processo de avaliação do ensino aprendizagem, atualmente, continua com moldes tradicionalista, por tratar o aluno como um banco de depósito, descriminando a sua capacidade de desenvolvimento no âmbito escolar e medindo o seu desempenho através de exames, que na minha opinião e de acordo com referencias e explicações, não provam nada neste procedimento. Uma avaliação quantitativa, transporta implicitamente um reducionismo de informações acerca do aluno, alem de apenas estar interessado no resultado final do aluno que se restringe à aprovação e reprovação. O que se observa é que tal artifício obedece às normas da ordem social e economica vigente – o capitalismo – onde quanto menos critico for um “cidadão” melhor será para a continuação de tal paradigma.
A atual prática da avaliação da aprendizagem escolar estipulou como função do ato de avaliar a classificação e não diagnóstico, como deveria ser constitutivamente. (LUCKESI , 2002, p.34)
“auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino- aprendizagem, e responder à sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado.” Luckesi (2002, p.174)
Assim sendo, sugiro que o processo de avaliação escolar deveria ter como principal objetivo diagnosticar o que o aluno não aprendeu durante o período estipulado. Com isso, o corpo docente poderia se apropriar de métodos para que tal discente possa aprender o que não foi assimilado. Deve ser feita uma avaliação continuada , que observa o desenvolvimento do aluno no decorrer do ano para ser visto o verdadeiro avanço do aluno, e assim quebrar o paradigma atual.
REFERÊNCIAS:
ANTUNES, C. Avaliação da aprendizagem escolar. Fascículo 11/ Celso Antunes. 7.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São
Paulo:Cortez, 2002.
CHARDENET, P. A Avaliação: Formação social, cognitiva e discursiva.
Desafio para a educação. In: PAIVA, M. da G. G.; BRUGALLI, M. (Orgs.).
Avaliação, novas tendências, novos paradigmas. Trad. Elsa Maria Nitsche-
Ortiz. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000.
INTERNET:
FIDALGO, S.S. “A avaliação na escola: um histórico de exclusão social-escolar ou uma proposta sociocultural para a inclusão?”. Rev. Brasileira de Lingüística Aplicada, v. 6, n. 2, 2006. Disponivel em: http://www.letras.ufmg.br/rbla/2006_2/01-Sueli%20Salles%20Fidalgo.pdf, acesso em: 29/03/2010, às: 15:40
MACHADO,P.S.N.; BOZZO,F.E.F. “Avaliação da aprendizagem escolar”. 2007. Disponivel em: http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/ PO26174395855.pdf. acesso em: 29/03/2010, às : 17:37.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
RESENHA. A formação do professor de Educação Física e as novas diretrizes curriculares em frente aos avanços do capital.
QUELHAS, Álvaro de Azevedo; NOZAKI, Hajime Takeuchi. A formação do professor de Educação Física e as novas diretrizes curriculares em frente aos avanços do capital. Motrivivência Ano XVIII, Nº26, P. 69-87, Jun./2006.
O presente artigo relata como eixo principal de seu desenvolvimento, segundo os autores, três partes fundamentadas na qual a obra se divide: o processo histórico da Educação Física no Brasil; a contenda relacionada à fragmentação da Educação Física e a idéia para uma formação ampliada do professor na qual lute contra uma perspectiva hegemônica.
Diante disso, QUELHAS e NOZAKI expõem que em 1851 houve a necessidade de implantar a Ed. Física no ensino primário, como forma de ginástica, por causa de uma reforma de ensino, sendo que um pouco mais tarde ingressa no âmbito social o paradigma da eugenia, e que tinha na Educação Física (ginástica) e nos esportes, conteúdos necessários para o desenvolvimento desse processo. A formação nessa área veio primeiramente embasada nas escolas militares e principalmente no modelo francês como método oficial, onde quem atuava eram militares em meio escolar cívico, que se deu no estado novo com a criação do ENEFED com o intuito de melhorar a raça e formar um futuro soldado, e no âmbito da academia militar. A formação era deficiente, pois, o futuro licenciado precisava de 2 anos a menos em relação às outras áreas de formação, sem levar em conta que não existia contato com conteúdos da faculdade e Filosofia. Nos anos 70 houve uma mudança curricular na formação, onde pôde-se observar a a introdução da Didática, Psicologia, Estagio supervisionado, etc., Os autores também observam o período de esportivização da Educação Física dos anos 50 aos anos 80, onde o pais vivia em plena ditadura militar e onde o objetivo da educação física (esporte) era mascarar a realidade social atuante.
A partir dos anos 80 houve uma intensificação da proliferação massiva de academias nos EUA e consequentemente no Brasil, onde surge o paradigma da busca pela estética ou modelo ideal de corpo. Com isso acorre um processo de desobrigação do governo no que diz respeito às políticas públicas de saúde e uma grande lacuna deixada para a iniciativa privada tomar de conta, então a Educação Física é dividida para atender os grupos privatistas e, em confronto, para atender à todas as classes como uma produção histórica da humanidade. Portanto, essa idéia fragmentada deu inicio a um novo tipo de formação na área,o bacharelado , onde o campo não escolar era o campo de atuação (principalmente academias), aí dando surgimento à discussões por parte dos licenciados embasadas na formação profissional, sendo que no inicio desse período não houve proliferação dos cursos para bacharéis, pois havia uma falta de fundamentação teórica. Os autores ainda discutem a resolução Nº 003/87, que trouxe avanços contundentes para a Educação Física, contudo para suprir as “transformações ocorridas no mercado de trabalho “(p. 76) houve uma predominância na procura pelas áreas não escolares. Tendo em pauta a reforma política da década de 90, causada pela crise do capitalismo, a educação respirou novos ares, onde os níveis variados de ensino tinham o intuito de formar o trabalhador de novo tipo capaz de amenizar tal crise. Isso se deu a partir da criação de leis e diretrizes curriculares por parte do governo FHC. Sendo que o ensino superior ganha destaque pelo fato de formar pessoas para o mercado de trabalho, sofrendo uma grande influência em sua reforma, do BIRD (Banco Mundial) com a aprovação de leis e programas de incentivo como o PROUNI.
Segundo o autor, partindo dessa reforma, a Educação Física sofreu um grande embate no que se refere a formação profissional, havendo uma fragmentação nessa formação entre o bacharelado, que foi considerado uma grande conquista para alguns a intervenção do profissional de educação Física no âmbito não escolar, e a licenciatura. Houve também a criação do CONFEF, que tinha e tem o papel de fiscalizar a intervenção de tais graduados no âmbito não-escolar. Então o autor expressa sua opinião sobre tal debate colocando que: isso fragmenta o conhecimento a ser passado; a formação não dará conta de formar o profissional da área não escolar; o profissional tem múltiplas áreas à serem trabalhadas, e por isso deve ser polivalente, contudo tal reforma fragmenta o campo de atuação; critica uma formação “que se situe na lógica da competição e busca de reservas do trabalho precário, em confronto com outros trabalhadores” (p.ª 79); o posicionamento das IES (Instituições de Ensino Superior) na implementação dos dois tipos de formação e das respectivas habilitações.
Então o autor propõe uma formação em educação física que não reproduza a sociedade capitalista atual que crie uma novo tipo de trabalhador voltados para a defesa dos interesses da classe dominante, e sim a formação – licenciatura ampliada – de um trabalhador capaz de interferir e interatuar na superação da sociedade atual, alem de poder atuar nos múltiplos âmbitos educacionais, seja os não escolares ou os escolares, dando ênfase à onilateralidade marxista que se contrapõe à divisão social do trabalho, se desapropriando da lógica do capital e destaca o politecnismo integral do profissional voltando-se contra tal fragmentação.
Segundo o autor, Antonio Gramsci articula idéias que dão suporte á não reprodução da classe burguesa e à superação desta, propondo a escola unitária que defende a formação cultural e continuada, a contraposição frente a divisão social do trabalho, dando ao aluno autonomia em pensar, agir, criticamente sobre tal sociedade, ou seja, uma educação voltada para a classe majoritária. Alem disso este diz que a formação ampliada na área propõe o desenvolvimento de novas políticas educacionais e se contraria à educação por vocações. A Educação Física deve ter uma formação politécnica de perspectiva histórico-crítica, onde as disciplinas não se explicam por si mesmas, que supera a fragmentação da área. Ponto fundante para aplicação de tal educação, segundo o autor e embasado no coletivo de autores (1992), é a dialética marxista, que não se contem em refletir, e sim em transformar a sociedade, embasado em pressupostos da cultura corporal.
QUELHAS e NOZAKI colocam características que o profissional licenciado deve adquirir durante a formação: multidisciplinaridade e formação omnilateral; práxis social; gestão democrática e não autoritária; apropriação da cultura corporal como método desalienante e emancipatório; pedagogia omnilateral e coletivo-solidária; formação continuada; avaliação permanente das práticas curriculares. Sendo que os princípios da licenciatura ampliada são os seguintes: identidade do professor; compromisso social de superação; formação concreta e constante; ensino, pesquisa e extensão; indisociabilidade práxis; coletividade; ampliação de conhecimento voltada à perspectiva de superação; avaliação permanente; formação continuada; autonomia institucional; gestão democrática; condições adequadas de trabalho, financiamento público para ensino-pesquisa público. Sendo tudo voltado à pressupostos da cultura corporal.
Por fim, os autores colocam que houve um grande desenvolvimento atualmente da perspectiva marxista no que se refere à luta contra a classe burguesa, que fragmentou o curso de Educação Física graças a seus interesses corporativistas e que busca na construção do trabalhador do novo tipo um remédio para a crise do capital. Com a necessidade de superação desta sociedade cabe ao professor utilizar na onilateralidade e na politecnia métodos revolucionários aplicáveis contra a divisão social do trabalho e consequentemente contra tal sociedade.
Diante da proposta de problematização dos autores, entendo que tal trabalho foi muito bem desenvolvido, sendo colocados aspectos históricos que contribuíram para o atual momento da Educação Física, as criticas dos autores frente às contradições desenvolvidas historicamente e uma fonte depositável de propostas nas quais podem ajudar a superar os paradigmas explícitos no texto. Percebo que são autores materialistas históricos, e que usam da dialética um instrumento de transformação, por eles acharem soluções para seu problemas. Esse é um texto pequeno, contudo, de um nível informativo exorbitante e que avança, e amplia conhecimentos sobre a educações física e a emancipação da classe trabalhadora sobre a sociedade do capital.
O presente artigo relata como eixo principal de seu desenvolvimento, segundo os autores, três partes fundamentadas na qual a obra se divide: o processo histórico da Educação Física no Brasil; a contenda relacionada à fragmentação da Educação Física e a idéia para uma formação ampliada do professor na qual lute contra uma perspectiva hegemônica.
Diante disso, QUELHAS e NOZAKI expõem que em 1851 houve a necessidade de implantar a Ed. Física no ensino primário, como forma de ginástica, por causa de uma reforma de ensino, sendo que um pouco mais tarde ingressa no âmbito social o paradigma da eugenia, e que tinha na Educação Física (ginástica) e nos esportes, conteúdos necessários para o desenvolvimento desse processo. A formação nessa área veio primeiramente embasada nas escolas militares e principalmente no modelo francês como método oficial, onde quem atuava eram militares em meio escolar cívico, que se deu no estado novo com a criação do ENEFED com o intuito de melhorar a raça e formar um futuro soldado, e no âmbito da academia militar. A formação era deficiente, pois, o futuro licenciado precisava de 2 anos a menos em relação às outras áreas de formação, sem levar em conta que não existia contato com conteúdos da faculdade e Filosofia. Nos anos 70 houve uma mudança curricular na formação, onde pôde-se observar a a introdução da Didática, Psicologia, Estagio supervisionado, etc., Os autores também observam o período de esportivização da Educação Física dos anos 50 aos anos 80, onde o pais vivia em plena ditadura militar e onde o objetivo da educação física (esporte) era mascarar a realidade social atuante.
A partir dos anos 80 houve uma intensificação da proliferação massiva de academias nos EUA e consequentemente no Brasil, onde surge o paradigma da busca pela estética ou modelo ideal de corpo. Com isso acorre um processo de desobrigação do governo no que diz respeito às políticas públicas de saúde e uma grande lacuna deixada para a iniciativa privada tomar de conta, então a Educação Física é dividida para atender os grupos privatistas e, em confronto, para atender à todas as classes como uma produção histórica da humanidade. Portanto, essa idéia fragmentada deu inicio a um novo tipo de formação na área,o bacharelado , onde o campo não escolar era o campo de atuação (principalmente academias), aí dando surgimento à discussões por parte dos licenciados embasadas na formação profissional, sendo que no inicio desse período não houve proliferação dos cursos para bacharéis, pois havia uma falta de fundamentação teórica. Os autores ainda discutem a resolução Nº 003/87, que trouxe avanços contundentes para a Educação Física, contudo para suprir as “transformações ocorridas no mercado de trabalho “(p. 76) houve uma predominância na procura pelas áreas não escolares. Tendo em pauta a reforma política da década de 90, causada pela crise do capitalismo, a educação respirou novos ares, onde os níveis variados de ensino tinham o intuito de formar o trabalhador de novo tipo capaz de amenizar tal crise. Isso se deu a partir da criação de leis e diretrizes curriculares por parte do governo FHC. Sendo que o ensino superior ganha destaque pelo fato de formar pessoas para o mercado de trabalho, sofrendo uma grande influência em sua reforma, do BIRD (Banco Mundial) com a aprovação de leis e programas de incentivo como o PROUNI.
Segundo o autor, partindo dessa reforma, a Educação Física sofreu um grande embate no que se refere a formação profissional, havendo uma fragmentação nessa formação entre o bacharelado, que foi considerado uma grande conquista para alguns a intervenção do profissional de educação Física no âmbito não escolar, e a licenciatura. Houve também a criação do CONFEF, que tinha e tem o papel de fiscalizar a intervenção de tais graduados no âmbito não-escolar. Então o autor expressa sua opinião sobre tal debate colocando que: isso fragmenta o conhecimento a ser passado; a formação não dará conta de formar o profissional da área não escolar; o profissional tem múltiplas áreas à serem trabalhadas, e por isso deve ser polivalente, contudo tal reforma fragmenta o campo de atuação; critica uma formação “que se situe na lógica da competição e busca de reservas do trabalho precário, em confronto com outros trabalhadores” (p.ª 79); o posicionamento das IES (Instituições de Ensino Superior) na implementação dos dois tipos de formação e das respectivas habilitações.
Então o autor propõe uma formação em educação física que não reproduza a sociedade capitalista atual que crie uma novo tipo de trabalhador voltados para a defesa dos interesses da classe dominante, e sim a formação – licenciatura ampliada – de um trabalhador capaz de interferir e interatuar na superação da sociedade atual, alem de poder atuar nos múltiplos âmbitos educacionais, seja os não escolares ou os escolares, dando ênfase à onilateralidade marxista que se contrapõe à divisão social do trabalho, se desapropriando da lógica do capital e destaca o politecnismo integral do profissional voltando-se contra tal fragmentação.
Segundo o autor, Antonio Gramsci articula idéias que dão suporte á não reprodução da classe burguesa e à superação desta, propondo a escola unitária que defende a formação cultural e continuada, a contraposição frente a divisão social do trabalho, dando ao aluno autonomia em pensar, agir, criticamente sobre tal sociedade, ou seja, uma educação voltada para a classe majoritária. Alem disso este diz que a formação ampliada na área propõe o desenvolvimento de novas políticas educacionais e se contraria à educação por vocações. A Educação Física deve ter uma formação politécnica de perspectiva histórico-crítica, onde as disciplinas não se explicam por si mesmas, que supera a fragmentação da área. Ponto fundante para aplicação de tal educação, segundo o autor e embasado no coletivo de autores (1992), é a dialética marxista, que não se contem em refletir, e sim em transformar a sociedade, embasado em pressupostos da cultura corporal.
QUELHAS e NOZAKI colocam características que o profissional licenciado deve adquirir durante a formação: multidisciplinaridade e formação omnilateral; práxis social; gestão democrática e não autoritária; apropriação da cultura corporal como método desalienante e emancipatório; pedagogia omnilateral e coletivo-solidária; formação continuada; avaliação permanente das práticas curriculares. Sendo que os princípios da licenciatura ampliada são os seguintes: identidade do professor; compromisso social de superação; formação concreta e constante; ensino, pesquisa e extensão; indisociabilidade práxis; coletividade; ampliação de conhecimento voltada à perspectiva de superação; avaliação permanente; formação continuada; autonomia institucional; gestão democrática; condições adequadas de trabalho, financiamento público para ensino-pesquisa público. Sendo tudo voltado à pressupostos da cultura corporal.
Por fim, os autores colocam que houve um grande desenvolvimento atualmente da perspectiva marxista no que se refere à luta contra a classe burguesa, que fragmentou o curso de Educação Física graças a seus interesses corporativistas e que busca na construção do trabalhador do novo tipo um remédio para a crise do capital. Com a necessidade de superação desta sociedade cabe ao professor utilizar na onilateralidade e na politecnia métodos revolucionários aplicáveis contra a divisão social do trabalho e consequentemente contra tal sociedade.
Diante da proposta de problematização dos autores, entendo que tal trabalho foi muito bem desenvolvido, sendo colocados aspectos históricos que contribuíram para o atual momento da Educação Física, as criticas dos autores frente às contradições desenvolvidas historicamente e uma fonte depositável de propostas nas quais podem ajudar a superar os paradigmas explícitos no texto. Percebo que são autores materialistas históricos, e que usam da dialética um instrumento de transformação, por eles acharem soluções para seu problemas. Esse é um texto pequeno, contudo, de um nível informativo exorbitante e que avança, e amplia conhecimentos sobre a educações física e a emancipação da classe trabalhadora sobre a sociedade do capital.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Resumo do Texto: “Professor reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da critica”
ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA (CEF-ESMAC)
COM QUEM DIALOGAMOS : Antonio Guilherme; Diogo Lima; Eduardo Patrício; Jair Aquino; Walber Motta.
- Dada uma nova formação dos professores, trazendo consigo o paradigma de um profissional critico reflexivo que utiliza como método a práxis pedagógica;
-O texto questiona o tipo de profissional que não consegue abordar uma concepção critica e conseqüentemente não conseguem discutir sobre sua realidade concreta. Então, em se tratando da formação do professor, este deve estar preparado para solucionar problemas, sempre se usando da teoria e da técnica atreladas a uma reflexão critica;
-O profissional deve ter a capacidade de questionamento sobre o real, voltado a pratica, para com seus alunos, formando uma visão mais ampla destes. Porem, a utilização da práxis pedagógica é extremamente necessária para superar esse objetivo;
-Negar a práxis seria negar o ser humano e sua identidade, alem de reduzir a capacidade de reflexão do individuo. Sendo assim, a formação do profissional tem a necessidade de ir alem da epistemologia pratica, formando uma epistemologia práxis, onde se dar ênfase à ação e à reflexão;
-Por causa de interesses políticos, o professor acaba sendo excluído de uma reflexão critica em sala de aula por estar sendo controlado pela classe dominante que contraria a autonomia critica. O professor deve ter autonomia na instituição, dominar seu objeto de estudo e elementos da realidade concreta para uma abordagem critico-reflexiva em sala de aula, contribuindo para uma mudança social e pública, não apenas refletindo com os discentes, mas também transformando a consciência destes para uma visão mais ampla e critica, reconstruindo tradições emancipadoras implícitas nos valores da sociedade (igualdade por justiça).
-Um professor limitado em nível de conhecimento não tem a probabilidade de fazer uma abordagem qualitativa no processo ensino-aprendizagem, pois não consegue problematizar, alem de desconhecer a reflexão sobre a realidade concreta. Mas também não basta ao professor ter caráter critico-reflexivo. Cabe a ele obter também um caráter intelectual transformador, pois só assim haverá a quebra do paradigma reducionista e a não subordinação à superestrutura político-social.
-Um processo de reflexão critica permitiria aos professores avançar num processo de transformação da pratica pedagógica mediante sua própria transformação como intelectuais críticos.
- A reflexão critica apela a uma critica da interiorização de valores sociais dominantes, como maneiras de tomar consciência de suas origens e de seus efeitos, ou seja, Habermas (1990), defende a auto-reflexão como possibilidade de trazer a consciência a determinantes de uma forma concreta de estar estruturada a realidade social.
-Por fim, a aspiração de emancipação não se interpreta como a conquista de um direito individual profissional, mas como a construção das conexões entre a realização da pratica profissional e o contexto social mais amplo que também deve transformar-se.
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA (CEF-ESMAC)
COM QUEM DIALOGAMOS : Antonio Guilherme; Diogo Lima; Eduardo Patrício; Jair Aquino; Walber Motta.
- Dada uma nova formação dos professores, trazendo consigo o paradigma de um profissional critico reflexivo que utiliza como método a práxis pedagógica;
-O texto questiona o tipo de profissional que não consegue abordar uma concepção critica e conseqüentemente não conseguem discutir sobre sua realidade concreta. Então, em se tratando da formação do professor, este deve estar preparado para solucionar problemas, sempre se usando da teoria e da técnica atreladas a uma reflexão critica;
-O profissional deve ter a capacidade de questionamento sobre o real, voltado a pratica, para com seus alunos, formando uma visão mais ampla destes. Porem, a utilização da práxis pedagógica é extremamente necessária para superar esse objetivo;
-Negar a práxis seria negar o ser humano e sua identidade, alem de reduzir a capacidade de reflexão do individuo. Sendo assim, a formação do profissional tem a necessidade de ir alem da epistemologia pratica, formando uma epistemologia práxis, onde se dar ênfase à ação e à reflexão;
-Por causa de interesses políticos, o professor acaba sendo excluído de uma reflexão critica em sala de aula por estar sendo controlado pela classe dominante que contraria a autonomia critica. O professor deve ter autonomia na instituição, dominar seu objeto de estudo e elementos da realidade concreta para uma abordagem critico-reflexiva em sala de aula, contribuindo para uma mudança social e pública, não apenas refletindo com os discentes, mas também transformando a consciência destes para uma visão mais ampla e critica, reconstruindo tradições emancipadoras implícitas nos valores da sociedade (igualdade por justiça).
-Um professor limitado em nível de conhecimento não tem a probabilidade de fazer uma abordagem qualitativa no processo ensino-aprendizagem, pois não consegue problematizar, alem de desconhecer a reflexão sobre a realidade concreta. Mas também não basta ao professor ter caráter critico-reflexivo. Cabe a ele obter também um caráter intelectual transformador, pois só assim haverá a quebra do paradigma reducionista e a não subordinação à superestrutura político-social.
-Um processo de reflexão critica permitiria aos professores avançar num processo de transformação da pratica pedagógica mediante sua própria transformação como intelectuais críticos.
- A reflexão critica apela a uma critica da interiorização de valores sociais dominantes, como maneiras de tomar consciência de suas origens e de seus efeitos, ou seja, Habermas (1990), defende a auto-reflexão como possibilidade de trazer a consciência a determinantes de uma forma concreta de estar estruturada a realidade social.
-Por fim, a aspiração de emancipação não se interpreta como a conquista de um direito individual profissional, mas como a construção das conexões entre a realização da pratica profissional e o contexto social mais amplo que também deve transformar-se.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Educação Física
Partindo da ideida de que a Educação Física teve uma evolução historica significante, e que houve a criação de abordagens para superar o paradigma hisgienista, militarista, esportivista, é de suma importancia que consideremos os avanços que cada metodologia de ensino. Atualmente, algumas universidades (ou praticamente todas) priorizam na formação dos professores o direcionamento destes à uma abordagem apenas. Geralemente as abordagens criticas são as mais solicitadas. No entanto, herdando a caracteristica de superação usada pelos pensadores Críticos dos anos 80, as outras abordagens da Eucação Fíica eram rebaixadas por não fazerem uma discussão sobre a realidade concreta e não priorizarem a superação da sociedade capitalista.
parto da ideia de que todas as abordagens tem suas falhas e seus lados positivos, portanto a ideia de centralização de uma abordagem apenas na formação de professores é um tando descaracterizante para nossa area de conhecimento, pois é deixado de lado os demais conhecimentos produzidos que não estejam relacionados à uma praxis transformadora da sociedade.
Deve ser usado como base nas aulas de educação física a emplementação de uma abordagem de carater hitórico-crítico sem deixar de lado os avanços de as abordagens construtivista, desenvolvimentitas e aptidão física e saúde. Estas poderiam ser implementadas na aula nao como uma fim e sim como possibilidade de sistematizar a aula.
parto da ideia de que todas as abordagens tem suas falhas e seus lados positivos, portanto a ideia de centralização de uma abordagem apenas na formação de professores é um tando descaracterizante para nossa area de conhecimento, pois é deixado de lado os demais conhecimentos produzidos que não estejam relacionados à uma praxis transformadora da sociedade.
Deve ser usado como base nas aulas de educação física a emplementação de uma abordagem de carater hitórico-crítico sem deixar de lado os avanços de as abordagens construtivista, desenvolvimentitas e aptidão física e saúde. Estas poderiam ser implementadas na aula nao como uma fim e sim como possibilidade de sistematizar a aula.
Algumas considerações sobre o desenvolvimentismo
Para GO Tani o foco principal dentro das aulas de educação física seria o desenvolvimento motor. No entanto é necessário que o professor tenha conhecimento do processo de maturação e desenvolvimento do organismo.
Em primeiro lugar a imposição de desafios para a criança vem como forma bastante contundente. O processo biológico que acontece no homem no desenvolvimento de habilidades vem como forma de adaptação ao meio em que este vive. Ao ver um desafio a ser superado, a criança manda automaticamente, via aferente, as informações ao córtex cerebral, que processará a informação e tentará superá-la da melhor maneira possível no momento. O córtex mandará via eferente as informações ao cerebelo e à medula espinhal, que por si transmite as informações de movimentação aos motoneorônios que se ligam às unidades motoras, assim produzindo um movimento, assim adaptando seu organismo àquela atividade.
No desenvolvimento da criança é necessário a sistematização da aprendizagem de habilidades de acordo com a faixa etária. Go Tani destaca o aprendizado de 6 a 7 anos, destacado pelo aprendizado e pelo aprimoramento das habilidades básicas e o aprendizado de 10 a 12 anos, onde as crianças desenvolvem e aprimoram habilidades mais complexas ou atividades mútuas como fazer dois tipos de movimentação em uma só atividade. Esse aprendizado pode ser feito com a construção de um programa executivo (ex: lista de atividades) e a execução da sub rotina (prática do plano). Ainda é necessário atentar a um espaço de tempo no qual o aluno estar preparado para apreender tal habilidade que é chamado de período crítico de aprendizado, que não é determinado pela faixa etária e sim pelo nível maturacional, segundo Go Tani. Se a construção de um plano executivo não funcionar na primeira vez se faz necessária a repetição de tal plano. No entanto, se permanecer o erro o plano deve ser revisto e refeito.
O esporte é no desenvolvimentismo a principal pratica corporal a ser trabalhada, por ser patrimônio da humanidade e possuir em sua pratica movimentos importantes a serem adquiridos. A aquisição de habilidades sempre do simples ao mais complexo se fazem necessárias para o crescimento pleno do aluno e para que futuramente possa praticar esportes sem constrangimento a consequentemente mais hábil.
Influências:
Piaget
As abordagens pedagógicas de tal autor serviram de base para a construção de tal metodologia de ensino por ser especializar no desenvolvimento hierárquico das destrezas motoras do aluno, tendo em vista que o aprendizado ocorre de dentro para fora, ou seja, a pessoa aprende o que a sociedade ensina. É idealizado o desenvolvimento especificamente em faixas etárias.
Gallahue
Este autor se caracteriza por determinar a aprendizagem de fases de movimento de acordo com a idade de uma pessoa, definindo que o desenvolvimento acorre entre os 4 meses de vida à 14 anos de idade, subdividindo esse alargamento de habilidades nas fases de movimentos reflexos, de movimentos rudimentares, movimentos fundamentais e movimentos especializados que se especificam em estágios maturacionais.
Em primeiro lugar a imposição de desafios para a criança vem como forma bastante contundente. O processo biológico que acontece no homem no desenvolvimento de habilidades vem como forma de adaptação ao meio em que este vive. Ao ver um desafio a ser superado, a criança manda automaticamente, via aferente, as informações ao córtex cerebral, que processará a informação e tentará superá-la da melhor maneira possível no momento. O córtex mandará via eferente as informações ao cerebelo e à medula espinhal, que por si transmite as informações de movimentação aos motoneorônios que se ligam às unidades motoras, assim produzindo um movimento, assim adaptando seu organismo àquela atividade.
No desenvolvimento da criança é necessário a sistematização da aprendizagem de habilidades de acordo com a faixa etária. Go Tani destaca o aprendizado de 6 a 7 anos, destacado pelo aprendizado e pelo aprimoramento das habilidades básicas e o aprendizado de 10 a 12 anos, onde as crianças desenvolvem e aprimoram habilidades mais complexas ou atividades mútuas como fazer dois tipos de movimentação em uma só atividade. Esse aprendizado pode ser feito com a construção de um programa executivo (ex: lista de atividades) e a execução da sub rotina (prática do plano). Ainda é necessário atentar a um espaço de tempo no qual o aluno estar preparado para apreender tal habilidade que é chamado de período crítico de aprendizado, que não é determinado pela faixa etária e sim pelo nível maturacional, segundo Go Tani. Se a construção de um plano executivo não funcionar na primeira vez se faz necessária a repetição de tal plano. No entanto, se permanecer o erro o plano deve ser revisto e refeito.
O esporte é no desenvolvimentismo a principal pratica corporal a ser trabalhada, por ser patrimônio da humanidade e possuir em sua pratica movimentos importantes a serem adquiridos. A aquisição de habilidades sempre do simples ao mais complexo se fazem necessárias para o crescimento pleno do aluno e para que futuramente possa praticar esportes sem constrangimento a consequentemente mais hábil.
Influências:
Piaget
As abordagens pedagógicas de tal autor serviram de base para a construção de tal metodologia de ensino por ser especializar no desenvolvimento hierárquico das destrezas motoras do aluno, tendo em vista que o aprendizado ocorre de dentro para fora, ou seja, a pessoa aprende o que a sociedade ensina. É idealizado o desenvolvimento especificamente em faixas etárias.
Gallahue
Este autor se caracteriza por determinar a aprendizagem de fases de movimento de acordo com a idade de uma pessoa, definindo que o desenvolvimento acorre entre os 4 meses de vida à 14 anos de idade, subdividindo esse alargamento de habilidades nas fases de movimentos reflexos, de movimentos rudimentares, movimentos fundamentais e movimentos especializados que se especificam em estágios maturacionais.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
COMPETIÇÃO
Ao tentar contextualizar a questão proposta, sabe-se que a competição começa, segundo bibliografias, desde os primórdios da raça humana e segue de uma maneira muito mais acentuada cotidianamente. Teorias como a neo-darwinista, que evidencia a chamada seleção natural e a corrida pela reprodução fetal, já colocam a competição como algo automático desde o nascimento de um individuo. Alem disso, posso destacar a competição nas busca por alimentos e por parceiros sexuais, onde os mais aptos são melhor recompensados.
A busca pela hegemonia e riqueza também gerou e ainda gera muita competitividade. Exemplos como guerras e brigas ideológicas, onde destaco o monoteísmo de Platão na Grécia antiga que dar ênfase na existência de seres superiores e que obtém as riquezas, acentuando ainda mais o jogo pelo poder.
As guerras foram os principais exemplos de crueldade que o homem é capaz de fazer para conquistar a hegemonia tanto cultural quanto material. Um ponto culminante para compreendermos a atual sociedade é a guerra Fria e a briga -não armada, no entanto generalizada- entre os Estados Unidos de ideologia capitalista e a União Soviética de ideologia socialista, onde essa competição era resolvida fora dos campos de batalha e tinha no esporte um grande ponto de embate entre as duas forças.
A vitória dos Estados Unidos culminou a expansão do sistema capitalista, onde vivemos em um mundo movido pelo capital que relembra a teoria piramidal neo-darwinista, onde poucos tinham a supremacia e o capital e muitos tinham baixas condições econômicas e autonômicas. Com o passar do tempo a competitividade aumenta em inúmeros locais da sociedade, onde os “mais aptos” tem mais acesso à seus objetivos e os “menos aptos” precisam ser subordinador à exploração para conseguir o mínino de condições possíveis para sua sobrevivência.
A competição se generaliza e juntamente com a globalização coloca no esporte um grande lócus na busca pela superioridade ideológica, onde através da mídia -forte instrumento de comunicação e marketing- é transmitida para o mundo todo. Assim, simultaneamente à sociedade capitalista, a competitividade no esporte também aumenta automaticamente, seja para ser presidente de um clube, seja para ser técnico, seja para se tornar “um fenômeno”.
No entanto, contrariando o paradigma reducionista e excludente, o esporte pode ser usado como instrumento de emancipação, usando de uma concepção critico-reflexiva para as pessoas se sentirem como sujeitos ativos sobre esta lógica, aonde o esporte chega com função desalienante. Mas podemos ir mais alem, usando da dialética Marxista para não apenas refletir sobre o processo e sim repensar e transformar a sociedade, abolindo o capitalismo que aliena os oprimidos, e contribuindo para um mundo melhor.
A busca pela hegemonia e riqueza também gerou e ainda gera muita competitividade. Exemplos como guerras e brigas ideológicas, onde destaco o monoteísmo de Platão na Grécia antiga que dar ênfase na existência de seres superiores e que obtém as riquezas, acentuando ainda mais o jogo pelo poder.
As guerras foram os principais exemplos de crueldade que o homem é capaz de fazer para conquistar a hegemonia tanto cultural quanto material. Um ponto culminante para compreendermos a atual sociedade é a guerra Fria e a briga -não armada, no entanto generalizada- entre os Estados Unidos de ideologia capitalista e a União Soviética de ideologia socialista, onde essa competição era resolvida fora dos campos de batalha e tinha no esporte um grande ponto de embate entre as duas forças.
A vitória dos Estados Unidos culminou a expansão do sistema capitalista, onde vivemos em um mundo movido pelo capital que relembra a teoria piramidal neo-darwinista, onde poucos tinham a supremacia e o capital e muitos tinham baixas condições econômicas e autonômicas. Com o passar do tempo a competitividade aumenta em inúmeros locais da sociedade, onde os “mais aptos” tem mais acesso à seus objetivos e os “menos aptos” precisam ser subordinador à exploração para conseguir o mínino de condições possíveis para sua sobrevivência.
A competição se generaliza e juntamente com a globalização coloca no esporte um grande lócus na busca pela superioridade ideológica, onde através da mídia -forte instrumento de comunicação e marketing- é transmitida para o mundo todo. Assim, simultaneamente à sociedade capitalista, a competitividade no esporte também aumenta automaticamente, seja para ser presidente de um clube, seja para ser técnico, seja para se tornar “um fenômeno”.
No entanto, contrariando o paradigma reducionista e excludente, o esporte pode ser usado como instrumento de emancipação, usando de uma concepção critico-reflexiva para as pessoas se sentirem como sujeitos ativos sobre esta lógica, aonde o esporte chega com função desalienante. Mas podemos ir mais alem, usando da dialética Marxista para não apenas refletir sobre o processo e sim repensar e transformar a sociedade, abolindo o capitalismo que aliena os oprimidos, e contribuindo para um mundo melhor.
Apresentação
Bem vindos visitantes ao meu blog.
Me chamo Antonio Guilherme e sou académico da Escola Superior Madre Celeste (ESMAC) - Ananindeua-PA, do curso de Educação Física desta instituição.
Meu intuito com a criação deste Blog é compartilhar com os demais, conhecimentos sobre esta area do conhecimento denominada Educação Física.
Espero que vocês tabem possam compartilhar suas produções e conhecimentos comigo e com os outros visitantes.
No mais agradeço a vizita.
Me chamo Antonio Guilherme e sou académico da Escola Superior Madre Celeste (ESMAC) - Ananindeua-PA, do curso de Educação Física desta instituição.
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